lunes, 25 de julio de 2011

PANTANAL (2da Parte)

25 de Julho, 2011



Imágens de Arquivo, Janeiro 2010.

Buenas Tardes caros visitantes do blog.
Continuamos com mais fotografias do Pantanal, maravilhoso lugar que conheci em Janeiro do ano 2010.

Ficamos pescando na lagoinha por volta de meia hora e já que meus companheiros disseram que lá não havia muitos peixes, voltamos até os carros pelos senderos pelos que tinhamos vindo, senderos que se mistruravam com o mato e com o pântano, com águas que por momentos alcançavam o nível da cintura e por momentos só os tornocellos.
Subimos nos nossos respectivos carros e rodamos por meia hora a mais. Paramos do lado da cerca de uma outra fazenda. Passamos entre os arames, e caminhamos atravessando o mato.


Paraná

De não ter sido pelos nossos guias, Paraná, Joãozinho, Tauã e o Cacique, com certeza teriamos ficado perdidos no meio de aquéle pântano, já que ao redor tudo parecia igual, mato, árvores e água.
Foi uma experiência linda, houve uma parte do caminho que tinha árvores muito altas, que se juntavam e entrelaçavam umas com outras nas pontas, formando um teto de folhas acima das nossas cabeças. Podia-se ouvir os macacos gritando e pudemos observar o pulo de árvore a árvore de algúm deles.

O silêncio do lugar era surpreendente. Silêncio relativo, claro. Podia-se ouvir a Natureza no mais puro estado. O som das águas, dos peixes pulando nas lagoinhas, dos macacos, dos insetos, das árvores se mechendo com o vento e das aves nessas árvores.

Chegamos num lugar que tinha um sendero e dois pântanos, á direita e à esquerda.


Joãozinho

Os meninos começaram pescar, e eu veia eles tirarem peixes e mais peixes da água. Eu sentia os peixes mordendo a isca, mas não conseguia tirar nenhúm!


Elvis

Cacique Edson pescando

Mas não perdí a paciência. E a fim de pescar alguma coisa, entrei no pântano até a água chegar à cintura. O Cacique me disse para ter cuidado com os jacarés. Ainda bem que não me topei com um. Mas também não conseguia pescar peixe nenhum!. E o sol já estava caindo.


Entrei no pântano até a água chegar à cintura... e o sol já estava caindo

Olhei meu relógio e já marcava as 7 horas. Senti a isca ser mordida, e sem pensá-lo duas vezes puxei a vara e vi o peixinho preto sair da água e cair na aréia.
Grão mérito e agradecimento ao exelente profissional e amigo meu Kenji, que fotografiou a sequencia toda.













Kenji, que fotografiou a sequencia toda...


O pessoal lá bateu palmas e disse que já podiamos ir embora. O Cacique Edson me contou que eles tinham combinado ninguém ir embora até eu não ter pescado pelo menos um peixe.

E foi bem na hora que consegui pescá-lo, a noite tava chegando.
Voltamos aos carros e no trajeto podiam se ver vagalumes por todos lados, um incrível espectáculo da natureza.



Chegamos em casa, e as meninas fritaram nossos peixes. Eu nunca tinha comido um peixe tão saboroso como esse único peixe que consegui pescar.


Peixes fritos

Após a janta, voltamos a Bananal, aldéia terena onde estavamos hospedados, e cansados por um dia de caminhata e pescaria, fomos por primeira vez a dormir cedo.


(Fotografias 4, 6, 7 8, 9, 10, 11 e 14 de Arimura)

Até a próxima!
Gustavo Zelaya

Fotógrafo

martes, 5 de julio de 2011

Passeio no Pantanal

Fotografias de arquivo, Janeiro 2010


Araras nas árvores, Pantanal

Hola queridos amigos. Dessa vez vou compartilhar com vocês fotos do passeio e pescaria que a gente fez no Pantanal, pertinho das aldéias Terena.

A gente almoçou em casa do pai do Puchero. À tarde, Pagode nos levou a nadar a uma lagoa perto da aldéia Bananal.
Fomos Elvis, Pagode e eu. Kenji ficou em casa a descansar.


Fomos nadar Elvis, Pagode e eu. Kenji ficou em casa a descansar

Ficamos naquela lagoa por volta de uma hora. Logo apareceu Kenji e falou que Joãozinho Terena tinha convidado a gente para ir a pescar e conhecer o Pantanal.
Saimos quase imediatamente da água e fomos procurar nosso equipamento e roupas adecuadas.



Elvis, o Rikbatsa do MatoGrosso e as vestimentas adecuadas dele para entrar no pântano

Passamos por casa do Joãozinho Terena, aonde pegamos a Paraná e Tauã, e em dois carros fomos longe das aldéias Ternas, mais ou menos a 100 km de distância.
Achei a paisagem muito linda, as araras nas árvores, o mato, a agua, o pântano...
mas observei que todas essas áreas estavam cercadas com arame.


Todas essas áreas estavam cercadas com arame...

O Cacique Edson, amigo meu, me disse que toda aquila extensçao de terra cercada era propiedade dos fazendeiros. Quando os indios tentaram recuperar essas terras, os fazendeiros atiraram contra eles, matando uns, e ferindo outros.


Lagoinhas e pântanos

Depois de quase uma hora de carro, paramos bem no que parecia a porta duma fazenda. Era longe, e não havia ninguém por perto. Passamos entre os arames, e caminhamos, caminhamos, caminhamos.


Passamos entre os arames, e caminhamos, caminhamos, caminhamos...

Era pântano. Pântano e lagoinhas. Haviam lugares aonde a agua chegava até a cintura. Kenji e eu iamos atrás, já que assim podiamos ver onde os nossos expertos amigos colocavam os pés.



Muitos insectos. Bichinhos q eu nunca tinha visto antes.
A unica coisa ruim eram os mosquitos. Kenji e eu ficamos preocupados com a Dengue, mas o pessoal falou que não nos preocupassemos,
Chegamos numa lagoa. Era a primeira vez que eu ia pescar. E comecei atorando os anzois nas hervas do fundo da lagoa, enrolando a linha, e desperdiçando a isca.



Continuaremos com mais no seguinte post.

Um grande abraço para todos!
Até a próxima!

Gustavo Zelaya

Churrasquinho em casa do 'Puchero'

Fotos de Arquivo, Janeiro 2010


Puchero cortando a carne

Hola! Tudo bem? depois duma breve ausência, continuamos com os relatos e fotos das aldéias Terena.

Puchero é o apelhido dum grão amigo, sincero, simples e gente boa. O nome real dele é Nemias, mas ninguém chama ele de Nemias.
Ele é vizinho do Cacique Edson, em Campo Grande. Conhecí ele jogando bola, fomos companheiros de time e foi desse jeito que conservamos essa amizade até hoje.

Fogão a lenha, em casa do Puchero: o arroz.


Bananal, aldéia indígena Terena. Aniversário do pai dele, e nós convidados para o almoço, para o churrasquinho.
Os meninos se adelantaram, e eu fui logo depois em uma bicicleta sem freios. E eu que não sei andar de bike direto.


O Pai do Puchero. Aquele dia estava de aniversário.

Chegamos, e a carne já estava sendo assada. Mas era muita carne! e parecia estar em uns espetos gigantes. Lógico, era o jeito de eles assarem as carnes, mas eu não tinha visto aquilo antes.



Puchero nos mostrou a casa do pai dele, e nos presentou a os familiares. Entre eles, quem chamou a nossa atenção foi um primo dele, que pintava muito bem.


O primo de Puchero é pintor.




Puchero presentou a gente um primo dele, que pintava muito bem...

Também conhecimos a um indigena gente boa e calmo demais, todo mundo brincava com ele: Roubão. Era alvo das piadas e brincadeiras, mas ele levava numa boa.


Roubão

Puchero é casado, trabalha numa frigorífica de frango.
Puchero, antes, fumava e bebia muito, até que uma vez sofreu um colapso respiratório por causa do cigarro. Quase morreu.


Thainara, Alexandro e Puchero

Mas ele conseguiu se recuperar no hospital, e desde aquela vez parou os vicios, e agradece a Deus por manté-lo com vida, já que tinha/tem uma família para cuidar.


Puchero com o filho dele, Alexandro.

Puchero é uma ótima pessoa. Lembro como ele recebeu o salário de dezembro e me levou junto a esposa e o filho dele a Aquidauana, cidade próxima das aldéias. Comprou muitas coisas, e me deu de presente um chapéu militar, cor cinza. Lembro também como me convidava a jantar na casa dele, e junto com os amigos iamos a visitá-lo e assistir vídeos de pegadinhas.


Cacique Edson e o autor



Cacique Edson e Kenji

Logo do almoço a gente voltou para descansar em casa, e à tarde a gente foi pescar no meio do mato, na região conhecida como Pantanal, mas isso é tema para outro post.

Envio-lhes um grande abraço!
Até a próxima
Gracias por su visita!

Gustavo Zelaya

domingo, 3 de julio de 2011

Ano Novo 2010

Dezembro 31, 2009


Thainara Terena, a bela Miss Mato Grosso do Sul 2008

Olá companheiros, tudo bem?
Continuamos com a série Viagem no Tempo, Memórias duma Viagem, com relatos e fotos dos acontecimentos que se suscitaram no Mato Grosso do Sul, nas Aldéias dos Índios Terena.

Aquela noite, era noite de reveillon: o 2009 estava indo embora e o 2010 chegando carregado de expectativas.



O Cacique Edson e o irmão dele, Pagode, nos dizeram que a festa de ano novo era uma festa ótima, que desse ano ia ser melhor que todos os anos, já que tinham comprado muitos fogos artificiais, balões e enfeites.

Kenji e eu esperavamos com ansiedade.
Eu achava que ia presenciar uma festa com rituais terenas, com os nativos se vestindo com roupas tradicionais, ou uma celebração cultural diferente.
E sim, foi muito diferente.



Chegamos ao local, e tinham montado um palco, emcima dele haviam instrumentos musicais, uma bateria, um teclado, umas guitarras e microfones. Os músicos tocavam musicas evangélicas.


O pastor, celebrando o culto

Em baixo, um grupo de crianças e meninas dançavam coreografias estranhas, davam voltas, e levantavam os braços.


Dançavam coreografias estranhas, davam voltas e levantavam os braços...

O resto das pessoas que estavam assistindo ou ficavam sentadas, em bancas e cadeiras colocadas umas junto as outras, ou ficavam de pé, levantando os braços e cantando as musicas evangélicas.



Tenho que admitir que fiquei impressionado. Ninguém bebia cerveja, ninguém tinha vestimentas nativas. Era muito extranho ver todas aquelas pessoas indigenas, celebrando o ano novo com costumes totalmente alheias às suas.
Não conseguia acreditar o que meus olhos estavam vendo. E comecei a me sentir incomodado.



Ainda bem eu não era o unico que se sentia assim. O meu colega fotógrafo Kenji, também estava surpreso. Afortunadamente a namorada dele, apareceu do nada no meio do mato, subimos no carro dela e a gente foi procurar festa em outra aldéia.


Kenji

Em Ipegue encontramos a nossa amiga Thainara Terena, que foi Miss Mato Grosso do Sul no ano 2008, e fomos fora das aldéias, num postão, onde compramos cerveja e dançamos.

Thainara me pediu para dançar Chamamé com ela. Nossa, que vergonha, eu não sabia dançar, e ela me disse: seu ritmo é muito boliviano.
Senti-me emvergonhado, então comecei a estudar os passos, e em pouco tempo já tinha pegado o jeito. Logo fui, e levei Thainara para dançarmos. Dessa vez ela gostou, e as pessoas lá ficaram observando a gente dançar.

Finalmente voltamos as aldéias Terena, onde a festa já tinha terminado, e a gente foi descansar.
Achei muito triste que as culturas nativas não possam praticar os costumes delas pela religião. Cualquer religão, não teria que proibir os povos praticarem as tradições deles.
O idioma Terena está sumindo, já que os novos não querem aprender, e os costumes desses povos estão em risco de desaparecer.

Isso por hoje, obrigado pela visita!
Até mais!

Gustavo Zelaya
Fotógrafo