9 de Diciembre, 2010
Hoy quiero hacer una pausa dentro de éstos pausados y largos relatos de viajes.
Deseo dar gracias a las personas que compartieron vivencias conmigo, momentos de preocupación, risas, sorpresas.
Por su sencillez, por su ser. Por su forma de vivir la vida.
Más adelante haré un post más profundo: lo merece.
Por encuanto sólo deseo decir:
Gracias Rurrenabaque.
Y aquí, falta un pié...
23 de Diciembre de 2010
Cuaderno de Bitácora. Gustavo Zelaya: Una cámara fotográfica no solo hace parte de la realidad, también la transforma.
jueves, 23 de diciembre de 2010
miércoles, 1 de diciembre de 2010
domingo, 21 de noviembre de 2010
Aldéia: Jenipapo - fotos
Dezembro 2009
Cacique Edison tomando sol, o secado da pintura será mais rápido
Quando conhecí o Cacique Edison ele me ensinou a preparar uma pintura natural, uma tinta que, si aplicada no corpo, fica na pele por volta de 5 dias.
Esta tinta se obtém misturando o Jenipapo, -fruta de cor verde e mais ou menos do tamanho duma manga-, com carvão e água.
Eu vi um pé de Jenipapo no quintal do vizinho. Eu perguntei para Elvis se ele sabia as utilidades do Jenipapo. Ele me disse que sim, que na tribu dele, os Rikibatsa, também conheciam o processo de preparar a pintura.
Elvis subindo a árvore, no quintal do vizinho
Sendo assim, falei para Elvis prepararmos tinta de Jenipapo.
O proceso é simples. Você tem de ralar num prato ou recipiente a polpa da fruta, mas as sementes não. Apóas ralar o Jenipapo, você tem que espremir ésta polpa ralada, como se fosse um limão e coar.
Logo, pulveriza o carvão, quer dizer, temos de ter carvão em pó, machucando o carvão com uma pedra, por exemplo.
Mistura o suco do Jenipapo com o carvão. Ao contacto com o ar o suco do Jenipapo se oxida, e vai se tornando duma cor azul-preto.
Coloque um pouco de água, mas não muita já que a tinta fica fraca, assim como ficou a nossa, aquéle día que Elvis e eu tentamos fazer a nossa mistura.
Elvis, moendo o Jenipapo
Logo depois soubemos que é importante que o fruto esteja o mais verde possível, imaturo, pois é imaturo que pode fornecer a tinta que precisamos para pintarmos o corpo.
Se vocês fizerem a mistura do Jenipapo considerem éstes conselhos. Os nativos Terena não só utilizavam a pintura para rituais, ou quando se enfrentavam em guerra a outras tribus, se não, também para se proteger dos insectos, como mosquitos e pernilongos.
Rangú, pintando
Cacique Edison pintando a menina, Cidade de Goiás, Setembro 2009
atééé!
Gustavo Z.
Cacique Edison tomando sol, o secado da pintura será mais rápido
Quando conhecí o Cacique Edison ele me ensinou a preparar uma pintura natural, uma tinta que, si aplicada no corpo, fica na pele por volta de 5 dias.
Esta tinta se obtém misturando o Jenipapo, -fruta de cor verde e mais ou menos do tamanho duma manga-, com carvão e água.
Eu vi um pé de Jenipapo no quintal do vizinho. Eu perguntei para Elvis se ele sabia as utilidades do Jenipapo. Ele me disse que sim, que na tribu dele, os Rikibatsa, também conheciam o processo de preparar a pintura.
Elvis subindo a árvore, no quintal do vizinho
Sendo assim, falei para Elvis prepararmos tinta de Jenipapo.
O proceso é simples. Você tem de ralar num prato ou recipiente a polpa da fruta, mas as sementes não. Apóas ralar o Jenipapo, você tem que espremir ésta polpa ralada, como se fosse um limão e coar.
Logo, pulveriza o carvão, quer dizer, temos de ter carvão em pó, machucando o carvão com uma pedra, por exemplo.
Mistura o suco do Jenipapo com o carvão. Ao contacto com o ar o suco do Jenipapo se oxida, e vai se tornando duma cor azul-preto.
Coloque um pouco de água, mas não muita já que a tinta fica fraca, assim como ficou a nossa, aquéle día que Elvis e eu tentamos fazer a nossa mistura.
Elvis, moendo o Jenipapo
Logo depois soubemos que é importante que o fruto esteja o mais verde possível, imaturo, pois é imaturo que pode fornecer a tinta que precisamos para pintarmos o corpo.
Se vocês fizerem a mistura do Jenipapo considerem éstes conselhos. Os nativos Terena não só utilizavam a pintura para rituais, ou quando se enfrentavam em guerra a outras tribus, se não, também para se proteger dos insectos, como mosquitos e pernilongos.
Rangú, pintando
Cacique Edison pintando a menina, Cidade de Goiás, Setembro 2009
atééé!
Gustavo Z.
miércoles, 10 de noviembre de 2010
Dias na aldéia
Macarrões no almoço
Os dias na aldéia eram corridos demais. Cada dia faziamos 4 ou 5 visitas a amigos, familiares no bananal e em outras aldeias. Em cada uma de essas 4 ou 5 visitas por dia, havia um churrasquinho, um almoço legal pelo aniversário de alguém...
Acordávamos cedo. Aprontávamos tudo e saiamos a caminhar, visitar e conhecer.
As pessoas nos recebiam muito bem.
Elvis, o Rikibatsa, numa visita que a gente fez. Casa do Marcos Terena.
Achei muito legal a hospitalidade das pessoas que conheciamos. Onde seja que a gente foi, sempre fomos recebidos com refrigerante, tereré ou agua, e comida.
Conhecimos muitas pessoas e vimos coisas interessantes, por exemplo o mascote do Joãozinho, um pequeno tatú, com a carapaça e as unhas duríssimas. Parecia um brinquedo.
O tatú
Conhecimos artesãos, que faziam trabalhos muito legais: abanadores, cestas, chapéus, tudo com fios de palha.
Cesta
Nas aldéias tem muitas crianças. Muitas mesmo.
Era bonito vê-las brincando, rindo, e quando viam a câmera, ficavam tudas timidas e fugiam ou baixavam a mirada...
Conhecimos também algumas meninas, como a Michele...nossa vizinha. Ela ficava ajudando a mãe, no quintal. A irmã dela também ficava por aí, ajudando ou fazendo alguma coisa.
Elvis, Kenji e eu ficávamos de olho lá. Quando podiamos.
Isto era quando saiamos no nosso quintal a tomar tereré, ou lavar nossas roupas.
A Michele e a irmã dela no quintal.
Demorou a gente se aproximar, quer dizer... os dias lá eram muito compridos, acho que demorou uns 3 dias para a gente conversar.
Michele
Foi a noite do aniversário de uma menina, quando ela se aproximou e começamos a falar. Logo me pediu para tirar fotos dela...
Conhecimos muitas pessoas, que nos convidaram para tirarmos fotos das festas delas, ou para conversar e saber mais dos visitantes: um japonés, um Rikibatsa, e um boliviano que falava torto.
No seguinte post mostrarei mais fotos e curiosidades da aldéia.
Até a próxima!
Gustavo Z.
Os dias na aldéia eram corridos demais. Cada dia faziamos 4 ou 5 visitas a amigos, familiares no bananal e em outras aldeias. Em cada uma de essas 4 ou 5 visitas por dia, havia um churrasquinho, um almoço legal pelo aniversário de alguém...
Acordávamos cedo. Aprontávamos tudo e saiamos a caminhar, visitar e conhecer.
As pessoas nos recebiam muito bem.
Elvis, o Rikibatsa, numa visita que a gente fez. Casa do Marcos Terena.
Achei muito legal a hospitalidade das pessoas que conheciamos. Onde seja que a gente foi, sempre fomos recebidos com refrigerante, tereré ou agua, e comida.
Conhecimos muitas pessoas e vimos coisas interessantes, por exemplo o mascote do Joãozinho, um pequeno tatú, com a carapaça e as unhas duríssimas. Parecia um brinquedo.
O tatú
Conhecimos artesãos, que faziam trabalhos muito legais: abanadores, cestas, chapéus, tudo com fios de palha.
Cesta
Nas aldéias tem muitas crianças. Muitas mesmo.
Era bonito vê-las brincando, rindo, e quando viam a câmera, ficavam tudas timidas e fugiam ou baixavam a mirada...
Conhecimos também algumas meninas, como a Michele...nossa vizinha. Ela ficava ajudando a mãe, no quintal. A irmã dela também ficava por aí, ajudando ou fazendo alguma coisa.
Elvis, Kenji e eu ficávamos de olho lá. Quando podiamos.
Isto era quando saiamos no nosso quintal a tomar tereré, ou lavar nossas roupas.
A Michele e a irmã dela no quintal.
Demorou a gente se aproximar, quer dizer... os dias lá eram muito compridos, acho que demorou uns 3 dias para a gente conversar.
Michele
Foi a noite do aniversário de uma menina, quando ela se aproximou e começamos a falar. Logo me pediu para tirar fotos dela...
Conhecimos muitas pessoas, que nos convidaram para tirarmos fotos das festas delas, ou para conversar e saber mais dos visitantes: um japonés, um Rikibatsa, e um boliviano que falava torto.
No seguinte post mostrarei mais fotos e curiosidades da aldéia.
Até a próxima!
Gustavo Z.
lunes, 8 de noviembre de 2010
Fútebol: A Bola na Trave.
FINAL NO BANANAL
Dia 27 de Dezembro, final de fútebol na aldeia Bananal. A gente sai de casa e vai para o campo a assistir o jogo.
A torcida é misturada entre idosos que bebem tereré, meninas que passeiam, familiares dos jogadores, e curiosos que não querem ficar em casa, (o torneio do final do ano é todo um evento).
Uma partida marcada pelo jogo brusco, e três gols por time.
Vão a penaltis.
Gols para cada time; momentos decisivos, o campeonato está para cualquer um. Eu apenas estava aí como testemunha da emoção dos torcedores, falando e até chingando em Terena, lingua própria das aldéias.
Tudo mundo está nervoso, os torcedores começam a entrar no campo. O juiz manda tudo mundo fora, mas não consegue muita coisa.
Um cara, chuta a bola que caprichosa beija a trave. O som do ferro da trave, ainda soa na minha memória.
A bola na trave
Agora, ninguém pode conter os torcedores, uns q entram a comemorar, outros a reclamar ao juiz.
Os torcedores reclamam que ainda falta mais um penalty. Era verdade. O juiz manda o jogador do outro time chutar a bola. Lamentávelmente o reclamo da torcida não adiantou muito. O disparo foi parar às mãos do goleiro, e mesmo tendo enviado a bola á trave, esse time ganhou o torneio. Eu não gostei, mas assim é o fútebol.
O jogador que errou o penal, dias depois me pediu para apagar a foto que inmortaliza seu erro.
Eu falei para ele: assim é o fútebol (e a fotografia).
Gracias.
Já quase concluindo o 2010: partidas das meninas, final do torneio de fútebol de Ipegui e a festa de ano novo.
Até!
Abraços, Gustavo Z.
Dia 27 de Dezembro, final de fútebol na aldeia Bananal. A gente sai de casa e vai para o campo a assistir o jogo.
A torcida é misturada entre idosos que bebem tereré, meninas que passeiam, familiares dos jogadores, e curiosos que não querem ficar em casa, (o torneio do final do ano é todo um evento).
Uma partida marcada pelo jogo brusco, e três gols por time.
Vão a penaltis.
Gols para cada time; momentos decisivos, o campeonato está para cualquer um. Eu apenas estava aí como testemunha da emoção dos torcedores, falando e até chingando em Terena, lingua própria das aldéias.
Tudo mundo está nervoso, os torcedores começam a entrar no campo. O juiz manda tudo mundo fora, mas não consegue muita coisa.
Um cara, chuta a bola que caprichosa beija a trave. O som do ferro da trave, ainda soa na minha memória.
A bola na trave
Agora, ninguém pode conter os torcedores, uns q entram a comemorar, outros a reclamar ao juiz.
Os torcedores reclamam que ainda falta mais um penalty. Era verdade. O juiz manda o jogador do outro time chutar a bola. Lamentávelmente o reclamo da torcida não adiantou muito. O disparo foi parar às mãos do goleiro, e mesmo tendo enviado a bola á trave, esse time ganhou o torneio. Eu não gostei, mas assim é o fútebol.
O jogador que errou o penal, dias depois me pediu para apagar a foto que inmortaliza seu erro.
Eu falei para ele: assim é o fútebol (e a fotografia).
Gracias.
Já quase concluindo o 2010: partidas das meninas, final do torneio de fútebol de Ipegui e a festa de ano novo.
Até!
Abraços, Gustavo Z.
martes, 2 de noviembre de 2010
Fútebol nas Aldeias
Dezembro, 2009
Paraná (Gelson), ganha a bola de cabeça
Das coisas interesantes que percebi na aldéia, o fútebol foi uma das que mais chamou a minha atenção.
As partidas eram disputadas a morrer, e não só as partidas de homens, também os jogos de mulheres, mas vou dedicar um post só para falar delas.
Estes torneios de fútebol acontecem cada final do ano, é por isso que é tão emocionante.
Mais ou menos são uns 8 times por aldéia. Os times tem suas próprias torcidas, quando tem jogo, quase todo mundo vai para o campo a assistir.
Das 7 comunidades Terenas, o torneio mais apassionante foi o torneio de Ipegui. O time que Joãzinho Terena dirigia tinha o nome de Brasileirinho. Assim que chegamos já fomos assistir a semifinal do torneio de Ipegui, que desputavam Brasileirinho com um time local. O vencedor foi Brasileirinho, monstrando ser um time forte e compacto.
Maradona e Paraná (Gelson)
Tinham outros times nas outras aldéias, alguns eram times bons, outros times ruins, mais todos jogavam a matar ou morrer. Éste é um pequeno homenagem para eles.
Até mais!
Gustavo Zelaya
Paraná (Gelson), ganha a bola de cabeça
Das coisas interesantes que percebi na aldéia, o fútebol foi uma das que mais chamou a minha atenção.
As partidas eram disputadas a morrer, e não só as partidas de homens, também os jogos de mulheres, mas vou dedicar um post só para falar delas.
Estes torneios de fútebol acontecem cada final do ano, é por isso que é tão emocionante.
Mais ou menos são uns 8 times por aldéia. Os times tem suas próprias torcidas, quando tem jogo, quase todo mundo vai para o campo a assistir.
Das 7 comunidades Terenas, o torneio mais apassionante foi o torneio de Ipegui. O time que Joãzinho Terena dirigia tinha o nome de Brasileirinho. Assim que chegamos já fomos assistir a semifinal do torneio de Ipegui, que desputavam Brasileirinho com um time local. O vencedor foi Brasileirinho, monstrando ser um time forte e compacto.
Maradona e Paraná (Gelson)
Tinham outros times nas outras aldéias, alguns eram times bons, outros times ruins, mais todos jogavam a matar ou morrer. Éste é um pequeno homenagem para eles.
Até mais!
Gustavo Zelaya
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